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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Primeira República


República Velha


                     Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente da República 

República Velha compreende o período entre os anos de 1889 e 1930, quando a elite cafeeira paulistana e mineira revezava o cargo da presidência da República movida por seus interesses políticos e econômicos.
O primeiro presidente foi o Marechal Deodoro da Fonseca, que proclamou a República em 15 de novembro de 1889 e conquistou o mandato através do Governo Provisório.
O Governo Provisório foi responsável por acabar com a mediação da Igreja nos interesses políticos. Deodoro da Fonseca, em seu governo, separou Igreja e Estado, determinou o fim do padroado (quando o Estado é quem administrava a Igreja, inclusive determinando os seus representantes) e fez com que o casamento se tornasse um registro civil obrigatório.
Por mais que demonstrasse confiança no cargo de presidente, Deodoro da Fonseca renunciou à presidência após o fracasso da política econômica do “encilhamento”, empreendida pelo Ministro da Fazenda Rui Barbosa. O “encilhamento” permitia que grandes emissões de dinheiro fossem realizadas, o que acabou suscitando em um grave período inflacionário.
Em 1891, foi elaborada a Primeira Constituição da República, baseada no texto constitucional dos Estados Unidos. Dentre as principais mudanças estavam o rompimento com o sistema monárquico, a divisão dos três poderes independentes entre si (Legislativo, Executivo e Judiciário) e a alternância da presidência com eleições diretas realizadas no período de 4 anos. Todos os homens com mais de 21 anos letrados eram obrigados a votar e as províncias passaram a ser denominadas, Estados, obtendo mais autonomia federativa.
Alguns historiadores argumentam que os todos os presidentes da República Velha (exceto Epitácio Pessoa) faziam parte de uma sociedade secreta da Faculdade de Direito de São Paulo de origem maçom.


Galeria dos Presidentes da República Velha

          1889-1891: Marechal Manuel Deodoro da Fonseca;

                                                                                  1891-1894: Floriano Vieira Peixoto;

                                     1894-1898: Prudente José de Morais e Barros;

                                     1898-1902: Manuel Ferraz de Campos Sales;

                                      1902-1906: Francisco de Paula Rodrigues Alves;

                                         1906-1909: Afonso Augusto Moreira Pena
                                                (morreu durante o mandato)

                                              1909-1910: Nilo Procópio Peçanha 
                                   (vice de Afonso Pena assumiu em seu lugar);

                                       1910-1914: Marechal Hermes da Fonseca;

                                           1914-1918: Venceslau Brás Pereira Gomes;

 1918-1919: Francisco de Paula R. Alves 
     (eleito, morreu de gripe espanhola, sem ter assumido o cargo);

                                         1919: Delfim Moreira da Costa Ribeiro
                              (vice de Rodrigues Alves assumiu em seu lugar);

                                             1919-1922: Epitácio da Silva Pessoa;

                                            1922-1926: Artur da Silva Bernardes;

                                       1926-1930: Washington Luís Pereira de Sousa
                                            (deposto pela revolução de 1930);

1930: Júlio Prestes (eleito presidente em 1930, não tomou posse, impedido pela Revolução de 1930);

1930: Junta Militar Provisória: General Augusto Tasso Fragoso, General João de Deus Mena Barreto, Almirante Isaías de Noronha.

Getúlio Vargas

Em 1930, o gaúcho Getúlio Vargas articulou um golpe de Estado com a intenção de boicotar o posto de presidência de Júlio Prestes, candidato de Washington Luís. Ele se juntou a alguns militantes de esquerda que queriam acabar com a política do café-com-leite (alternância de paulistas e mineiros na presidência). O ato ficou conhecido como Revolução de 1930 e consolidou a figura de Vargas como um dos presidentes mais emblemáticos que já governaram o Brasil.





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