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terça-feira, 9 de abril de 2013

As primeiras civilizações.


Mesopotâmia
Torre de Babel

Por volta de 8000 a.C. o homem torna-se sedentário por causa da descoberta da agricultura. Foi a partir desse momento que surgem as primeiras aldeias e logo depois as cidades. As cidades eram fortificadas, com muralhas de defesa, e construídas em elevações, tanto por causa das cheias quanto um lugar estratégico para se defender dos ataques. É sabido que para um exército atacar posições que fiquem acima das suas é mais complicado. As cidades nascem para armazenar as produções agrícolas, e como local de comércio. 
Essas populações estacionadas passam a se organizar política, social e economicamente, além do desenvolvimento de religiões. Podemos dizer que a Mesopotâmia foi foco irradiador de cultura para várias outras.
A Mesopotâmia era uma região que se localizava entre os rios Tigre e Eufrates no continente asiático, onde atualmente encontra-se o Iraque.  Este fato deu origem ao seu nome, que significa “terra entre rios”. A Mesopotâmia fazia parte de uma grande região conhecida como “Crescente Fértil”, pois era a região mais fértil do mundo antigo, juntamente com Egito, Palestina, Fenícia dentre outras civilizações que se desenvolveram as margens de rios.
A região da Mesopotâmia era dividia em Alta Mesopotâmia ao norte e Baixa Mesopotâmia ao Sul. A Alta Mesopotâmia era uma região com poucos recursos, por isso, os povos que habitavam esta região tinham como principal atividade o saque de mercadorias. A região da Baixa Mesopotâmia ao sul possuíam muitos recursos, o que facilitou o desenvolvimento da agricultura, a principal atividade desta região.
Varias civilizações surgiram na Mesopotâmia, como os Sumérios, Acádios, Babilônios, Caldeus, que possuíam algumas características semelhantes, entretanto, a região era frequentemente palco de varias invasões e guerras.
A principal atividade econômica dos povos da Mesopotâmia era a agricultura, sendo os principais produtos o trigo, cevada, centeio, gergelim. A pecuária também era praticada na criação de bois, cavalos, porcos, carneiros. Outras atividades como o artesanato, a pesca, a caça e o comércio, também eram realizados.
A religião na Mesopotâmia era politeísta, ou seja, acreditava em vários deuses, o Rei além de chefe absoluto, também era considerado o representante de Deus na terra, formando assim uma Teocracia.
As heranças culturais deixadas pelos povos da Mesopotâmia são vários, como a astronomia, matemática, arquitetura, o desenvolvimento da escrita e do primeiro código de leis, a invenção da roda, entre outras que ainda em nossos dias são utilizadas, evidenciando a grande importância da Mesopotâmia.
A civilização mesopotâmica teve como base os Sumérios, que deixaram como herança a escrita cuneiforme, a religião, o sistema jurídico e as práticas comerciais. Com relação à religião, foram povos politeístas, os principais deuses: Marduk, Shamash, Enlil, Ishtar.

Os povos Mesopotâmicos.
Povos Mesopotâmicos

Os registros arqueológicos apontam que a instalação das primeiras civilizações se deu na Mesopotâmia e não no Egito, os registros remontam a cerca de oito a sete mil anos a.C.

OS SUMÉRIOS povos que ocuparam a baixa mesopotâmia por volta de 3000 a.C. Fundaram cidades-estado, as mais conhecidas que fazem parte de todos os livros didáticos de 5ª série são; Ur, Uruk, Eridu e Lagash. Cidades independentes, mas que lutaram entre si pelo domínio das outras, mas os dirigentes de Uruk teriam submetido às demais.

OS ACADIANOS, povos semitas que mais ou menos na mesma época provenientes do deserto da Síria instalaram-se próximos às cidades sumerianas, próximo a Babilônia.
Sob o controle de Sargão submeteram os sumérios e formaram um império, que durou aproximadamente um século, quando foram dominados por povos do norte.

O PRIMEIRO IMPÉRIO BABILÔNICO

Império Babilônico-Jardins Suspensos

 Depois de lutas ininterruptas, a mesopotâmia conheceu a unidade no século XVIII a.C. O rei Hamurabi tomou a cidade da Babilônia e fez dela a capital de seu império, tornando-se um dos principais centros urbanos e políticos da Antiguidade. Durante seu governo foi elaborado um conjunto de leis. O código Hamurabi era composto por centena de leis, muitas delas baseadas nos costumes dos sumérios. Esse código era uma tentativa de organizar o direito numa sociedade dividida em homens livres e escravos. Os delitos e as punições eram definidos segundo a categoria social do acusado. A lei do Talião dizia que as punições deveriam ser idênticas ao delito cometido: “Olho por olho, dente por dente”.
Por volta do ano 1600 a.C. grandes migrações vindas principalmente do Leste desestruturaram o império dando origem a reinos menores e rivais.

 Alguns artigos do código Hamurabi

Código de Hamurabi

Art. 200 Se um homem arrancar o dente de outro homem livre igual a ele arrancará o seu dente.

Art. 201 Se ele arrancou um dente de um homem vulgar pagará um terço de uma mina de prata.

Art. 202 Se um homem agrediu a face de outro homem que lhe é superior, serão golpeadas sessenta vezes diante da assembleia com um chicote de couro de boi.

Art. 229 Se um pedreiro edificou uma casa para um homem, mas não a fortificou e a casa cair e matar o seu dono, esse pedreiro será morto.

 Art. 230 Se causou a morte do filho do dono da casa, matarão o filho desse pedreiro.

Art. 231 Se causou morte ao escravo do dono da casa, ele dará ao dono da casa um escravo equivalente.

OS ASSÍRIOS, outro povo que se estabeleceu na alta Mesopotâmia (Norte), região chamada de Assur, por volta do ano 2500 a.C. Por muitos séculos os habitantes de Assur foram atacados por diversos povos, sendo obrigados a fugir para o alto das montanhas, Portanto desde cedo organizaram um forte Estado Militarizado. Os assírios conquistam sua independência, lutam com os povos vizinhos e chegam a construir um império. Sua sociedade era dominada por camadas de sacerdotes e guerreiros. As populações vencidas durante a expansão territorial terminaram escravizadas.
Ficaram conhecidos por sua crueldade principalmente com os vencidos nas guerras, não apenas escravizavam como também torturavam (esfolamentos, amputações em geral), assegurando pelo terror seu poder sobre os derrotados. A expansão do poderio assírio se deu a partir do séc. XX a.C. e só foi interrompida quando Hamurabi da Babilônia subiu ao poder no séc. XVIII a.C.
A partir do século IX a.C. quando a Babilônia já estava enfraquecida, os assírios estabeleceram um poderoso império chegando a controlar um vasto território do Egito, passando pela Palestina e Mesopotâmia. Seu apogeu foi atingido no reinado de Assurbanipal (668 a 625 a.C.), sua capital foi Assur e depois Nínive.
Após a morte de Assurbanipal, o império Assírio entrou em decadência, com a sublevação das populações conquistadas e a invasão dos caldeus e medos. Em 612 a.C., Nínive foi destruída e os caldeus deram origem ao segundo império Babilônico.

O SEGUNDO IMPÉRIO BABILÔNICO

Segundo Império Babilônico

A Babilônia volta a ser a capital de um império com a derrota dos Assírios, nesse momento sob o domínio dos Caldeus. O apogeu desse império viria com o governo de Nabucodonosor (séc. VI a.C.), quando foram construídas grandes obras publicas como templos, muralhas defensivas e os grandes palácios, cercados pelos famosos “jardins suspensos”.
Conquistam Jerusalém e deportam os judeus para a Babilônia onde permanecem como escravos (a bíblia menciona o Cativeiro da Babilônia). Apesar de suas belezas e maravilhas, de todo seu esplendor, esse Império durou menos de um século, sendo conquistados pelos persas.

 SOBRE A MESOPOTÂMIA

Localização e condições geográficas: Bacia dos rios Tigres e Eufrates na Ásia Ocidental, um vale fértil cercado por regiões estéreis. Foi disputado por vários povos.

Sumérios: Estabeleceram-se na região por volta de 3000 a.C., fundaram Ur, Uruk, Eridu e Lagash. Foram unificadas por volta de 2300 a.C.

Acadianos: De origem Semita, se estabeleceram ao norte dos sumérios, na Babilônia.

Primeiro Império Babilônico: Povos amoritas fundaram a 1ª dinastia babilônica. Principal figura foi o rei Hamurabi, que conquistou vasto território e elaborou o código de leva seu nome.

Assírios: Localizados na alta Mesopotâmia, foram liderados por Sargão I. Controlaram vasto território que foi controlado pela força. Seu apogeu foi no governo de Assurbanipal.

Segundo Império Babilônico: Também chamado de Império Caldeu ou Neobabilônico (626-5390 a.C.). Seu apogeu se deu na época de Nabucodonosor que conquistou Jerusalém. Este império foi conquistado pelos persas
EGITO ANTIGO


Pirâmide de Queops

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C a 32 a.C.
Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de ideias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.
Os hieróglifos egípcios foram decifrados na primeira metade do século XIX pelo linguista e egiptólogo francês Champollion.
A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida.  Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.
Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam: chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado à ressurreição).
A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
No campo da arquitetura podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas era erguida com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.

RESPONDA:
1-      Onde surgiu a civilização egípcia antiga?
2-      Sendo a região do Egito deserta, como a população local conseguiu sobreviver e se desenvolver?
3-      Como a sociedade egípcia estava dividida?
4-      O que são os HIERÓGLIFOS?
5-      Em que se baseava a economia Egípcia?
6-      Comente sobre a religião egípcia.
7-      Por que os egípcios mumificavam os cadáveres?

História não é "decoreba", é uma ciência séria que exige leitura, compreensão e análise crítica.

Hebreus

Moisés

Os hebreus são conhecidos como israelitas ou judeus.
Antepassados do povo judeu, os hebreus têm uma historia marcada por migrações e pelo monoteísmo.
Muitas informações sobre a história dos hebreus baseiam-se na interpretação de textos do Antigo Testamento, a primeira parte da Bíblia. O Antigo testamento foi escrito com base na tradição oral dos hebreus. Consta dele, por exemplo, a interpretação feita por esse povo da origem do mundo e de muitas das normas éticas e morais de sua sociedade. Convém ressaltar, entretanto, que esses textos são repletos de símbolos e sua interpretação é bastante difícil.
Vestígios da sociedade hebraica continuam sendo encontrados. Eles contribuem para lançar novas luzes sobre a história dos hebreus.
Segundo a tradição, Abraão, o patriarca fundador da nação hebraica, recebeu de Deus a missão de migrar para Canaã, terra dos cananeus, depois chamada de palestina, onde se localiza hoje a Estado de Israel.
Após passarem um período na terra dos cananeus, os hebreus, foram para o Egito, onde viveram em 300 e 400 anos, e acabaram transformados em escravos. Sua historia começa a ganhar destaque a partir do momento em que resolvem sair do Egito e, sob a liderança de Moisés, voltar a Canaã. Na história judaica, esse retorno é chamado de êxodo e aconteceu entre 1300 e 1250 a.C.
Em 70 d.C., a Palestina era uma província do Império Romano; as muitas rebeliões ocorridas na região levaram o governo imperial a expulsar os hebreus da Palestina. Esse acontecimento é denominado de diáspora. Até 1948, quando foi fundado o estado de Israel, os judeus viveram sem pátria, atualmente são os palestinos que não tem pátria, pois suas terras foram tomadas pelos israelenses.
Praticam a agricultura, o pastoreio, o artesanato e o comércio. Têm por base social o trabalho de escravos e servos. As tribos são dirigidas de forma absoluta pelos chefes de família (patriarcas), que acumulam as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. Com a unificação destas, a partir de 1010 a.C., elegem juízes para vigiar o cumprimento do culto e da lei. Depois se unem em torno do rei. Produzem uma literatura dispersa, mas importante, contida em parte na Bíblia e no Talmude.
Localização

A Palestina localizava-se em uma estreita faixa a sudoeste do atual Líbano. O rio Jordão divide a região em duas partes: a leste a Transjordânia; e a oeste, a Cisjordânia. Essa região é atualmente ocupada pelo estado de Israel.
Até hoje a região é bastaste árida. O principal rio é o Jordão, e assim mesmo não era suficiente para grandes obras de irrigação. Um solo pouco fértil e um clima bastante seco impediam que a região fosse rica. No entanto, tinha bastante importância, pois era passagem e ligação entre a Mesopotâmia e a Ásia Menor. E foi nessa região que assentou o povo hebreu, um entre os muitos que vagaram e se estabeleceram na Palestina.
Organização social e política dos hebreus

Após a morte de Moisés, os hebreus chegaram à palestina e, sob a liderança de Josué, que cruza o rio Jordão, combate com os cananeus que então habitavam a terra prometida. Vencidos os cananeus, os israelitas se estabelecem na Palestina. Nessa época, o povo hebreu estava dividido em 12 tribos (“os doze filhos de Israel”), que viviam em clãs compostos pelos patriarcas, seus filhos, mulheres e trabalhadores não livres.
O poder e prestígio desses clãs eram personificados pelo patriarca, e os laços entre esses clãs eram muito frágeis. Porém, devido às lutas pelas conquistas de Canaã ou Terra Prometida, surgiu necessidade do poder e do comando estar nas mãos de chefes militares. Estes chefes passaram a ser conhecidos como Juízes.
Com a concentração do poder em suas mãos, os juízes procuraram à união das doze tribos, pois ela possibilitaria a realização do objeto comum: O domínio da Palestina.  As principais lideranças deste período foram os juízes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel, todos eram considerados enviados de Jeová, para comandar os Hebreus.
A união das doze tribos era difícil de ser conseguida e mantida, pois os juizes tinham um poder temporário e mesmo com a unidade cultural, (língua, costumes, e, principalmente religião), havia muita divisão política entre as tribos. Assim foi preciso estabelecer uma unidade política. Isto foi conseguido através da centralização do poder nas mãos de um monarca, Rei, o qual teria sido escolhido por Jeová para governar.

Os reis hebreus

Saul

O primeiro rei hebreu foi Saul (1010 a.C.) que liderou guerras contra os filisteus, porém morreu sem conseguir vencê-los. Foi sucedido por Davi (1006 a 966 a.C.), que conseguiu derrotar os filisteus e estabeleceu domínio sobre a Palestina, fundando o Estado Hebreu, cuja capital passou a ser Jerusalém. E iniciou uma fase marcada pelo expansionismo militar e pela prosperidade.
Em seguida, Salomão (966 a 926 a.C.); sábio e pacífico famoso pelo poder e riqueza. Filho de Davi desenvolveu o comércio, aumentando a influência do reinado sem recorrer a guerra. No entanto a fartura e a riqueza que marcaram o seu reinado exigiam o constante aumento de impostos, que empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um clima de insatisfação no povo hebreu.

Davi

O cisma político-religioso: os reinos de Israel e Judá

Após a morte de Salomão, houve a divisão política e religiosa das tribos e o fim da monarquia unificada.
Os hebreus dividiram-se em Dez tribos do norte e formaram o Reino de Israel, liderados por Jeroboão. Após disputas internas, chegaram a um acordo em 878 a.C., com a escolha de Omri para rei. Apesar de a veneração a Iavé persistir, foi introduzido o culto a vários deuses.
 Duas tribos do sul e formaram o Reino Judá, liderados por Reoboão, filho de Salomão (924 a.C.).

A dominação estrangeira

O Reino de Israel, desde o inicio viveu na idolatria; isto fez com que a ira de Deus se manifestasse sobre ele permitindo que no ano 722 a.C., fosse conquistado por Sargão II, da Assíria, e seu povo fosse levado para o cativeiro, sendo seu território habitado por outros povos, ali colocado por ordem do rei da Assíria.
O castigo de Deus veio sobre ela através do rei Nabucodonosor, da Babilônia, no ano 586 a.C. A cidade santa, Jerusalém, foi destruída  e o Templo queimado e os nobres eram amarrados e levados para o cativeiro.
O cativeiro durou até os dias de Ciro, rei da Pérsia que permitiu que o povo que estava escravizado na Caldéia, regressar a Palestina e reerguer o Templo de Jerusalém (536 a.C.). A seguir a Palestina foi invadida por Alexandre da Macedônia (322 a.C.). Depois passou a seu protetorado egípcio (301 a.C.), Colônia Síria (198 a.C.), e província romana (63 a.C.).
No ano 70 da era cristã, após uma fracassada revolta contra a dominação romana, Jerusalém foi conquistada por Tito e seus exércitos, ocorrendo uma segunda destruição do Templo. Atualmente do templo de Jerusalém resta apenas um muro, conhecido como o Muro das Lamentações.

Jerusalém-Muro das Lamentações

A religião dos hebreus

Os hebreus foram um dos primeiros povos a cultuar um único deus, isto é, eram monoteístas. No judaísmo, religião professada pelos hebreus, o único deus é Javé, cuja imagem não pode ser representada em pinturas ou estátuas.
O judaísmo é baseado nos Dez Mandamentos supostamente revelados a Moisés no monte Sinai.
Os dois traços característicos da religião dos hebreus são o monoteísmo e o salvacionismo isto é a crença na vinda de um Messias ou Salvador para libertar o povo hebreu.
O Judaísmo constitui uma das bases do cristianismo, com o qual o Islamismo formou tríade das religiões universais.

Aspectos culturais

Da cultura criada pelos hebreus, a religião, é sem dúvida o legado mais importante. A escrita e literatura, entre os hebreus, povo de língua semita, surgiu muito cedo através de uma escrita própria. A arqueologia revelou a existência da escrita a partir de meados do segundo milênios a. C., (época do Êxodo). Aos poucos, porém eles foram substituindo, em sua escrita a sua língua original pelo aramaico, que era a língua comercial e diplomática do Oriente, próximo na antiguidade. O alfabeto hebraico atual é uma variedade do aramaico, que juntamente com a língua aramaica tornou-se muito difundido, suplantando os outros alfabetos e línguas semitas.
Nas artes o monoteísmo hebraico influenciou todas as realizações culturais dos hebreus. Deve-se destacar a arquitetura, especialmente a construção de Templos, muralhas e fortificações. A maior realização arquitetônica foi o Templo de Jerusalém.
Nas ciências, não apresentaram progresso notável. A importância cultural da sociedade hebraica residiu principalmente na esfera religiosa e moral (na lei Mosaica), sua área de influência atingiu o Ocidente e grande parte do oriente.


Fenícios



A civilização fenícia desenvolveu-se na Fenícia, território do atual Líbano. Os fenícios eram povos de origem semita. Por volta de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita faixa de terra com cerca de 35 km de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com 200 km de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual Líbano e uma pequena parte da Síria.
Por habitarem uma região montanhosa e com poucas terras férteis, os fenícios dedicaram-se à pesca e ao comércio marítimo.
As cidades fenícias que mais de desenvolveram na antiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon.

Características da Fenícia

A Fenícia, terra de marinheiros e comerciantes.

A Fenícia, terra de marinheiros e comerciantes, ocupava uma estreita área, com aproximadamente 40 km de largura, entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do Líbano. Atualmente essa região corresponde ao Líbano e a parte da Síria.
O solo montanhoso da Fenícia não era favorável ao desenvolvimento agrícola e pastoril. Vivendo como que espremido em seu território. o povo fenício percebeu a necessidade de se lançar ao mar e desenvolver o comércio pelas cidades do Mediterrâneo.
Entre os fatores que favoreceram o sucesso comercial e marítimo da Fenícia, podemos destacar que a região:
Era muito encruzilhada de rotas comerciais, o escoadouro natural das caravanas de comercio que vinham da Ásia em direção ao Mediterrâneo;
Era rica em cedros, que forneciam a valiosa madeira para a construção de navios;
Possuía bons portos naturais em suas principais cidades (Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro);
Tinha praias repletas de um molusco (múrice), do qual se extraía a púrpura, corante de cor vermelha utilizando para o tingimento de tecidos, muito procurados entre as elites de diversas regiões da Antiguidade.

As cidades fenícias
A Fenícia era, na verdade, um conjunto de Cidades-Estado, independentes entre si. Algumas adotavam a Monarquia Hereditária; outras eram governadas por um Conselho de Anciãos. As cidades fenícias disputavam entre si e com outros povos, o controle das principais rotas do comércio marítimo.

Economia

A principal atividade econômica dos fenícios era o comércio. Em razão dos negócios comerciais, os fenícios desenvolveram técnicas de navegação marítima, tornando-se os maiores navegadores de Antiguidade. Desse modo, comerciavam com grande número de povos e em vários lugares do Mediterrâneo, guardando em segredo as rotas marítimas que descobriam. Considerável parte dos produtos comercializados pelos fenícios provinha de suas oficinas artesanais, que dedicavam à metalurgia (armas de bronze e de ferro, jóias de ouro e de prata, estátuas religiosas). à fabricação de vidros coloridos e à produção de tintura de tecidos (merecem destaque os tecidos de púrpura). Por sua vez, importavam de várias regiões produtos como metais, essências aromáticas, pedras preciosas, cavalos e cereais. Tiro era a principal cidade que se dedicava ao comércio de escravos, adquirindo prisioneiros de guerra e vendendo-os aos soberanos do Oriente próximo. Expandindo suas atividades comerciais, os fenícios fundaram diversas colônias que, a princípio, serviam de bases mercantis. Encontramos colônias fenícias em lugares como Chipre, Sicília, Sardenha e sul da Espanha. No norte da África, os fenícios fundaram a importante colônia de Cartago.
O alfabeto, uma criação fenícia.



O que levou os fenícios a criarem o alfabeto foi justamente a necessidade de controlar e facilitar o comércio. O alfabeto fenício possuía 22 letras, apenas consoantes, e era, portanto, muito mais simples do que a escrita cuneiforme e a hieroglífica. O alfabeto fenício serviu de base para o alfabeto grego. Este deu origem ao alfabeto latino, que, por sua vez, gerou o alfabeto atualmente utilizado no Brasil.

Os fenícios e a religião

A religião dos fenícios era politeísta e antropomórfica. Os fenícios conservaram os antigos deuses tradicionais dos povos semitas: as divindades terrestres e celestes, comuns a todos os povos da Ásia antiga. Assinale-se, como fato estranho, que não deram maior importância às divindades do mar.
Cada cidade tinha seu deus, Baal (senhor), associado muitas vezes a uma entidade feminina - Baalit. O Baal de Sidon era Eshmun (deus da saúde). Biblos adorava Adônis (deus da vegetação), cujo culto se associava ao de Ashtart (a Caldéia Ishtar; a grega Astartéia), deusa dos bens terrestres, do amor e da primavera, da fecundidade e da alegria. Em Tiro rendia-se culto a Melcart e Tanit.
Para aplacar a ira dos deuses sacrificavam-se animais. E, às vezes, realizavam-se terríveis sacrifícios humanos. Queimavam-se, inclusive, os próprios filhos. Em algumas ocasiões, 200 recém-nascidos foram lançados, ao mesmo tempo, ao fogo - enquanto as mães assistiam impassíveis, ao sacrifício.


Civilização Persa

Exército Persa

A civilização persa foi uma das mais expressivas civilizações da Antiguidade. A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, num extenso planalto onde hoje corresponde ao Irã, localizado entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio.  Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis. Esta civilização estabeleceu-se no território por volta de 550 a.C.. Através de Ciro,  que era um príncipe persa, realizou a dominação do Reino da Média e, assim, deu início à formação de um bem-sucedido reinado que durou cerca de vinte e cinco anos. Nesse período, este talentoso imperador também conquistou o reino da Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia.
O processo de expansão iniciado por Ciro foi continuado pela ação do imperador Dario, que dominou as planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse momento, dada as grandes proporções assumidas pelo território persa, Dario viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma administrativa. Pelas mãos de Dario, os domínios persas foram divididos em satrápias, subdivisões do território a serem administrados por um sátrapa.
Persas

O planalto do Irã, região montanhosa e desértica, situada a leste do Crescente Fértil, entre a Mesopotâmia e a Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas.
A princípio, os persas eram dominados pelos medos. Essa situação se inverteria por volta de 550 a.C. Nessa época, sob o comando de Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a controlar a região.
Os persas conquistaram ainda outros povos que viviam nas proximidades do planalto do Irã, impondo a todos a mesma administração. Eles acabaram por construir um vasto império. Seu território compreendia a Ásia Menor, a Mesopotâmia e uma parte da Ásia Central.
Esses domínios seriam ainda ampliados nos governos posteriores a Ciro: Cambises conquistou o Egito em 525 a.C.; Dario I dominou a Ásia até o vale do rio Indo e também uma pequena parte da Europa, onde se localizavam algumas colônias gregas.
Dario e depois seu sucessor, Xerxes, tentaram conquistar ainda a região da atual Grécia, mas fracassaram. Em 330 a.C., o Império Persa foi conquistado por Alexandre Magno, da Macedônia.

A formação do império persa



Ciro inaugurou o chamado império persa. Com o aumento da população, houve a necessidade da expansão geográfica.
Ciro, o Grande (560-530 a.C.), tornou-se rei dos medos e persas, após haver conquistado Ecbátana e destronado Astíages (555 a.C.). Conquistou também a Babilônia (539 a.C.). O império ia desde o Helesponto até as fronteiras da Índia.
Ciro não proibia as crenças nativas dos povos conquistados. Concedia alguma autonomia para as classes altas, que governavam as regiões dominadas pelos persas, mas exigia, em troca, homens para seu exército, alimentos e metais preciosos. Ciro morreu em 529 a.C.
Cambise, filho e sucessor de Ciro, iniciou uma difícil campanha militar contra o Egito, em 525 a.C., finalmente vencida pelos persas na batalha de Pelusa. Nessa época o império persa abrangia o mar Cáspio, o mar Negro, o Cáucaso, grande parte do Mediterrâneo oriental, os desertos da África e da Arábia, o golfo Pérsico e a Índia. Cambise pretendia estender seus domínios até Cartago, mas não conseguiu levar esse plano adiante por causa de violenta luta interna pelo poder.
A luta pelo poder prosseguiu após a morte de Cambise. Dario, parente distante de Cambise, aliou-se a fortes setores da nobreza, tomou o trono e iniciou uma nova era na história da Pérsia.

A organização do império

Os povos dominados pelos persas podiam conservar seus costumes, suas leis, sua religião e sua língua. Eram obrigados, porém, a pagar tributos e a servir o exército persa.
Dario procurou organizar o império dividindo-o em províncias e nomeando pessoas de sua confiança para governá-las. Para facilitar a comunicação entre as províncias, foram construídas diversas estradas, entre elas a Estrada Real. Com mais de 2 mil quilômetros de extensão, essa estrada ligava as cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o exército e as caravanas de mercados.
A riqueza para sustentar esse enorme império era fornecida por camponeses livres, que viviam em comunidades e pagavam impostos ao imperador. Havia também o trabalho escravo, mas a maioria dos trabalhadores não pertencia a essa categoria.

Cultura e religião persas

Na arte, os persas receberam grande influência dos egípcios e dos mesopotâmicos. Fizeram construções em plataformas e terraços, nas quais utilizaram tijolos esmaltados em cores vivas.
No plano religioso, distinguiram-se por uma religião que ainda hoje é praticada em algumas partes do mundo: o zoroastrismo. Seu fundador, Zoroastro (daí o nome da religião), viveu entre 628 e 551 a.C.
De acordo com os princípios básicos do zoroastrismo, existem duas forças em constante luta: o bem e o mal. O deus do bem é Ormuz, que não é representado por imagens e tem como símbolo o fogo; o deus do mal é Arimã, representado por uma serpente.
Segundo o zoroastrismo, o dever das pessoas é praticar o bem e a justiça, para que, no dia do Juízo Final, Ormuz seja vitorioso e, assim o bem prevaleça sobre o mal. Além disso, aos bons estava reservada a vida eterna no paraíso.
Muitos dos valores do zoroastrismo acabaram sendo adotados por outras religiões. No cristianismo, por exemplo, encontram-se presentes as ideias de Juízo Final e paraíso e a dicotomia entre bem e mal.
Essa religião baseava-se na sinceridade entre as pessoas  e foi transcrita no livro sagrado Avesta. O imperador era quase um deus, pois, segundo a crença , governava por ordem de deus.

A decadência do império

A tomada do estreito de Bósforo e Dardanelos no mar Negro pelas forças persas prejudicou o intenso comércio grego na região. O clima de tensão entre várias cidades gregas e o império persa transformou-se em longa guerra. Em 490 a.C., Dario tentou invadir a Grécia, mas foi derrotado pelos gregos na batalha de Maratona. Dario morreu e o poder passou as mãos de seu filho Xerxes, que continuou a luta contra a Grécia, sendo derrotado em 480 e 479 a.C. nas batalhas de Salamina e Platéia.
Após sucessivas derrotas, os persas foram obrigados a se retirar e reconhecer a hegemonia grega no mar Egeu e na Ásia Menor (Lídia). Com o enfraquecimento do império, várias satrapias se revoltaram contra o domínio persa. Internamente a luta pelo poder tornou-se mais e mais violenta. Entretanto, durante a Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta) os persas tomaram novamente a Ásia Menor.
Com o assassinato de Dario III, um dos últimos sucessores do império, Alexandre Magno dominou toda a Pérsia e suas satrapias e anexou-as ao império greco-macedônico.

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