Mesopotâmia
Torre de Babel
Por volta de 8000 a.C.
o homem torna-se sedentário por causa da descoberta da agricultura. Foi a
partir desse momento que surgem as primeiras aldeias e logo depois as cidades.
As cidades eram fortificadas, com muralhas de defesa, e construídas em
elevações, tanto por causa das cheias quanto um lugar estratégico para se
defender dos ataques. É sabido que para um exército atacar posições que fiquem
acima das suas é mais complicado. As cidades nascem para armazenar as produções
agrícolas, e como local de comércio.
Essas populações
estacionadas passam a se organizar política, social e economicamente, além do
desenvolvimento de religiões. Podemos dizer que a Mesopotâmia foi foco
irradiador de cultura para várias outras.
A Mesopotâmia era uma
região que se localizava entre os rios Tigre e Eufrates no continente asiático,
onde atualmente encontra-se o Iraque.
Este fato deu origem ao seu nome, que significa “terra entre rios”. A
Mesopotâmia fazia parte de uma grande região conhecida como “Crescente
Fértil”, pois era a região mais fértil do mundo antigo, juntamente com
Egito, Palestina, Fenícia dentre outras civilizações que se desenvolveram as
margens de rios.
A região da Mesopotâmia
era dividia em Alta Mesopotâmia ao norte e Baixa Mesopotâmia ao Sul.
A Alta
Mesopotâmia era uma região com poucos recursos, por isso, os povos que
habitavam esta região tinham como principal atividade o saque de mercadorias. A
região da Baixa Mesopotâmia ao sul possuíam muitos recursos, o que
facilitou o desenvolvimento da agricultura, a principal atividade desta região.
Varias civilizações
surgiram na Mesopotâmia, como os Sumérios, Acádios, Babilônios, Caldeus, que
possuíam algumas características semelhantes, entretanto, a região era
frequentemente palco de varias invasões e guerras.
A principal atividade
econômica dos povos da Mesopotâmia era a agricultura, sendo os principais
produtos o trigo, cevada, centeio, gergelim. A pecuária também era praticada na
criação de bois, cavalos, porcos, carneiros. Outras atividades como o
artesanato, a pesca, a caça e o comércio, também eram realizados.
A religião na
Mesopotâmia era politeísta, ou seja, acreditava em vários deuses, o Rei além de
chefe absoluto, também era considerado o representante de Deus na terra,
formando assim uma Teocracia.
As heranças culturais
deixadas pelos povos da Mesopotâmia são vários, como a astronomia, matemática,
arquitetura, o desenvolvimento da escrita e do primeiro código de leis, a
invenção da roda, entre outras que ainda em nossos dias são utilizadas,
evidenciando a grande importância da Mesopotâmia.
A civilização
mesopotâmica teve como base os Sumérios, que deixaram como herança a escrita
cuneiforme, a religião, o sistema jurídico e as práticas comerciais. Com
relação à religião, foram povos politeístas, os principais deuses: Marduk,
Shamash, Enlil, Ishtar.
Os
povos Mesopotâmicos.
Povos Mesopotâmicos
Os registros
arqueológicos apontam que a instalação das primeiras civilizações se deu na
Mesopotâmia e não no Egito, os registros remontam a cerca de oito a sete mil
anos a.C.
OS SUMÉRIOS
povos que ocuparam a baixa mesopotâmia por volta de 3000 a.C. Fundaram
cidades-estado, as mais conhecidas que fazem parte de todos os livros didáticos
de 5ª série são; Ur, Uruk, Eridu e Lagash. Cidades independentes, mas que
lutaram entre si pelo domínio das outras, mas os dirigentes de Uruk teriam
submetido às demais.
OS ACADIANOS,
povos semitas que mais ou menos na mesma época provenientes do deserto da Síria
instalaram-se próximos às cidades sumerianas, próximo a Babilônia.
Sob o controle de
Sargão submeteram os sumérios e formaram um império, que durou aproximadamente
um século, quando foram dominados por povos do norte.
O
PRIMEIRO IMPÉRIO BABILÔNICO
Depois de lutas ininterruptas, a mesopotâmia
conheceu a unidade no século XVIII a.C. O rei Hamurabi tomou a cidade da
Babilônia e fez dela a capital de seu império, tornando-se um dos principais
centros urbanos e políticos da Antiguidade. Durante seu governo foi elaborado
um conjunto de leis. O código Hamurabi era composto por
centena de leis, muitas delas baseadas nos costumes dos sumérios. Esse código
era uma tentativa de organizar o direito numa sociedade dividida em homens
livres e escravos. Os delitos e as punições eram definidos segundo a categoria
social do acusado. A lei do Talião dizia que as punições deveriam ser idênticas
ao delito cometido: “Olho por olho, dente por dente”.
Por volta do ano 1600
a.C. grandes migrações vindas principalmente do Leste desestruturaram o império
dando origem a reinos menores e rivais.
Alguns artigos do código Hamurabi
Código de Hamurabi
Art. 200 Se um homem arrancar o dente de outro
homem livre igual a ele arrancará o seu dente.
Art. 201 Se ele arrancou um dente de um homem vulgar pagará um terço de uma mina de prata.
Art. 202 Se um homem agrediu a face de outro homem que lhe é superior, serão golpeadas sessenta vezes diante da assembleia com um chicote de couro de boi.
Art. 229 Se um pedreiro edificou uma casa para um homem, mas não a fortificou e a casa cair e matar o seu dono, esse pedreiro será morto.
Art. 230 Se causou a morte do filho do dono da casa, matarão o filho desse pedreiro.
Art. 231 Se causou morte ao escravo do dono da casa, ele dará ao dono da casa um escravo equivalente.
Art. 201 Se ele arrancou um dente de um homem vulgar pagará um terço de uma mina de prata.
Art. 202 Se um homem agrediu a face de outro homem que lhe é superior, serão golpeadas sessenta vezes diante da assembleia com um chicote de couro de boi.
Art. 229 Se um pedreiro edificou uma casa para um homem, mas não a fortificou e a casa cair e matar o seu dono, esse pedreiro será morto.
Art. 230 Se causou a morte do filho do dono da casa, matarão o filho desse pedreiro.
Art. 231 Se causou morte ao escravo do dono da casa, ele dará ao dono da casa um escravo equivalente.
OS ASSÍRIOS,
outro povo que se estabeleceu na alta Mesopotâmia (Norte), região chamada de
Assur, por volta do ano 2500 a.C. Por muitos séculos os habitantes de Assur
foram atacados por diversos povos, sendo obrigados a fugir para o alto das
montanhas, Portanto desde cedo organizaram um forte Estado Militarizado. Os
assírios conquistam sua independência, lutam com os povos vizinhos e chegam a
construir um império. Sua sociedade era dominada por camadas de sacerdotes e
guerreiros. As populações vencidas durante a expansão territorial terminaram
escravizadas.
Ficaram conhecidos por
sua crueldade principalmente com os vencidos nas guerras, não apenas
escravizavam como também torturavam (esfolamentos, amputações em geral),
assegurando pelo terror seu poder sobre os derrotados. A expansão do poderio
assírio se deu a partir do séc. XX a.C. e só foi interrompida quando Hamurabi
da Babilônia subiu ao poder no séc. XVIII a.C.
A partir do século IX a.C. quando a Babilônia já
estava enfraquecida, os assírios estabeleceram um poderoso império chegando a
controlar um vasto território do Egito, passando pela Palestina e Mesopotâmia.
Seu apogeu foi atingido no reinado de Assurbanipal (668 a 625 a.C.), sua
capital foi Assur e depois Nínive.
Após a morte de Assurbanipal, o império Assírio
entrou em decadência, com a sublevação das populações conquistadas e a invasão
dos caldeus e medos. Em 612 a.C., Nínive foi destruída e os caldeus deram origem
ao segundo império Babilônico.
O
SEGUNDO IMPÉRIO BABILÔNICO
Segundo Império Babilônico
A Babilônia volta a ser a capital de um império com
a derrota dos Assírios, nesse momento sob o domínio dos Caldeus. O apogeu desse
império viria com o governo de Nabucodonosor (séc. VI a.C.), quando foram
construídas grandes obras publicas como templos, muralhas defensivas e os
grandes palácios, cercados pelos famosos “jardins suspensos”.
Conquistam Jerusalém e deportam os judeus para a
Babilônia onde permanecem como escravos (a bíblia menciona o Cativeiro da
Babilônia). Apesar de suas belezas e maravilhas, de todo seu esplendor, esse
Império durou menos de um século, sendo conquistados pelos persas.
SOBRE A MESOPOTÂMIA
Localização
e condições geográficas: Bacia dos rios Tigres e Eufrates na Ásia
Ocidental, um vale fértil cercado por regiões estéreis. Foi disputado por
vários povos.
Sumérios:
Estabeleceram-se na região por volta de 3000 a.C., fundaram Ur, Uruk, Eridu e
Lagash. Foram unificadas por volta de 2300 a.C.
Acadianos:
De origem Semita, se estabeleceram ao norte dos sumérios, na Babilônia.
Primeiro
Império Babilônico: Povos amoritas fundaram a 1ª
dinastia babilônica. Principal figura foi o rei Hamurabi, que conquistou vasto
território e elaborou o código de leva seu nome.
Assírios:
Localizados na alta Mesopotâmia, foram liderados por Sargão I. Controlaram
vasto território que foi controlado pela força. Seu apogeu foi no governo de
Assurbanipal.
Segundo
Império Babilônico: Também chamado de Império Caldeu
ou Neobabilônico (626-5390 a.C.). Seu apogeu se deu na época de Nabucodonosor
que conquistou Jerusalém. Este império foi conquistado pelos persas
EGITO ANTIGO
Pirâmide de Queops
A civilização egípcia
antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C
a 32 a.C.
Como a região é formada
por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os
egípcios. O rio era utilizado como via de transporte de mercadorias e pessoas.
As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as
margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
A sociedade egípcia
estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima,
chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas
(responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era
sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos
comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente,
eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu
trabalho, apenas água e comida.
A escrita egípcia
também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de
ideias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de
escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do
cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos).
As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a
vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma
espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de
mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.
Os hieróglifos egípcios
foram decifrados na primeira metade do século XIX pelo linguista e egiptólogo
francês Champollion.
A economia egípcia era
baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas
margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de
mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente
convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas
(canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
A religião egípcia era
repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários
deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de
animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em
homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos
seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas
e momentos da vida. Cada cidade possuía
deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.
Como acreditavam na
vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em
pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria
definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de
julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida
na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes
ruins) e para outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também
eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que
apresentavam: chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro
(reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de
ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado à ressurreição).
A civilização egípcia
destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos
importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos.
Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes
conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
No campo da arquitetura
podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas
construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande
parte delas era erguida com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra
escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do
Egito Antigo.
RESPONDA:
1- Onde surgiu a civilização egípcia antiga?
2- Sendo a região do Egito deserta, como a
população local conseguiu sobreviver e se desenvolver?
3- Como a sociedade egípcia estava dividida?
4- O que são os HIERÓGLIFOS?
5- Em que se baseava a economia Egípcia?
6- Comente sobre a religião egípcia.
7- Por que os egípcios mumificavam os
cadáveres?
História não é "decoreba", é uma ciência séria
que exige leitura, compreensão e análise crítica.
Hebreus
Moisés
Os hebreus são
conhecidos como israelitas ou judeus.
Antepassados do povo
judeu, os hebreus têm uma historia marcada por migrações e pelo monoteísmo.
Muitas informações
sobre a história dos hebreus baseiam-se na interpretação de textos do Antigo
Testamento, a primeira parte da Bíblia. O Antigo testamento foi escrito com
base na tradição oral dos hebreus. Consta dele, por exemplo, a interpretação
feita por esse povo da origem do mundo e de muitas das normas éticas e morais
de sua sociedade. Convém ressaltar, entretanto, que esses textos são repletos
de símbolos e sua interpretação é bastante difícil.
Vestígios da sociedade
hebraica continuam sendo encontrados. Eles contribuem para lançar novas luzes
sobre a história dos hebreus.
Segundo a tradição,
Abraão, o patriarca fundador da nação hebraica, recebeu de Deus a missão de
migrar para Canaã, terra dos cananeus, depois chamada de palestina, onde se
localiza hoje a Estado de Israel.
Após passarem um
período na terra dos cananeus, os hebreus, foram para o Egito, onde viveram em
300 e 400 anos, e acabaram transformados em escravos. Sua historia começa a
ganhar destaque a partir do momento em que resolvem sair do Egito e, sob a
liderança de Moisés, voltar a Canaã. Na história judaica, esse retorno é
chamado de êxodo e aconteceu entre 1300 e 1250 a.C.
Em 70 d.C., a Palestina
era uma província do Império Romano; as muitas rebeliões ocorridas na região
levaram o governo imperial a expulsar os hebreus da Palestina. Esse
acontecimento é denominado de diáspora. Até 1948, quando foi fundado o estado
de Israel, os judeus viveram sem pátria, atualmente são os palestinos que não
tem pátria, pois suas terras foram tomadas pelos israelenses.
Praticam a agricultura,
o pastoreio, o artesanato e o comércio. Têm por base social o trabalho de
escravos e servos. As tribos são dirigidas de forma absoluta pelos chefes de
família (patriarcas), que acumulam as funções de sacerdote, juiz e chefe
militar. Com a unificação destas, a partir de 1010 a.C., elegem juízes para
vigiar o cumprimento do culto e da lei. Depois se unem em torno do rei.
Produzem uma literatura dispersa, mas importante, contida em parte na Bíblia e
no Talmude.
Localização
A Palestina
localizava-se em uma estreita faixa a sudoeste do atual Líbano. O rio Jordão
divide a região em duas partes: a leste a Transjordânia; e a oeste, a
Cisjordânia. Essa região é atualmente ocupada pelo estado de Israel.
Até hoje a região é
bastaste árida. O principal rio é o Jordão, e assim mesmo não era suficiente
para grandes obras de irrigação. Um solo pouco fértil e um clima bastante seco
impediam que a região fosse rica. No entanto, tinha bastante importância, pois
era passagem e ligação entre a Mesopotâmia e a Ásia Menor. E foi nessa região
que assentou o povo hebreu, um entre os muitos que vagaram e se estabeleceram
na Palestina.
Organização
social e política dos hebreus
Após a morte de Moisés,
os hebreus chegaram à palestina e, sob a liderança de Josué, que cruza o rio
Jordão, combate com os cananeus que então habitavam a terra prometida. Vencidos
os cananeus, os israelitas se estabelecem na Palestina. Nessa época, o povo
hebreu estava dividido em 12 tribos (“os doze filhos de Israel”), que viviam em
clãs compostos pelos patriarcas, seus filhos, mulheres e trabalhadores não
livres.
O poder e prestígio
desses clãs eram personificados pelo patriarca, e os laços entre esses clãs
eram muito frágeis. Porém, devido às lutas pelas conquistas de Canaã ou Terra
Prometida, surgiu necessidade do poder e do comando estar nas mãos de chefes
militares. Estes chefes passaram a ser conhecidos como Juízes.
Com a concentração do
poder em suas mãos, os juízes procuraram à união das doze tribos, pois ela
possibilitaria a realização do objeto comum: O domínio da Palestina. As principais lideranças deste período foram
os juízes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel, todos eram considerados enviados de
Jeová, para comandar os Hebreus.
A união das doze tribos
era difícil de ser conseguida e mantida, pois os juizes tinham um poder
temporário e mesmo com a unidade cultural, (língua, costumes, e, principalmente
religião), havia muita divisão política entre as tribos. Assim foi preciso
estabelecer uma unidade política. Isto foi conseguido através da centralização
do poder nas mãos de um monarca, Rei, o qual teria sido escolhido por Jeová
para governar.
Os
reis hebreus
Saul
O primeiro rei hebreu
foi Saul (1010 a.C.) que liderou guerras contra os filisteus, porém morreu sem
conseguir vencê-los. Foi sucedido por Davi (1006 a 966 a.C.), que conseguiu
derrotar os filisteus e estabeleceu domínio sobre a Palestina, fundando o
Estado Hebreu, cuja capital passou a ser Jerusalém. E iniciou uma fase marcada
pelo expansionismo militar e pela prosperidade.
Em seguida, Salomão
(966 a 926 a.C.); sábio e pacífico famoso pelo poder e riqueza. Filho de Davi
desenvolveu o comércio, aumentando a influência do reinado sem recorrer a guerra.
No entanto a fartura e a riqueza que marcaram o seu reinado exigiam o constante
aumento de impostos, que empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um
clima de insatisfação no povo hebreu.
Davi
O
cisma político-religioso: os reinos de Israel e Judá
Após a morte de
Salomão, houve a divisão política e religiosa das tribos e o fim da monarquia
unificada.
Os hebreus dividiram-se
em Dez tribos do norte e formaram o Reino de Israel, liderados por Jeroboão.
Após disputas internas, chegaram a um acordo em 878 a.C., com a escolha de Omri
para rei. Apesar de a veneração a Iavé persistir, foi introduzido o culto a
vários deuses.
Duas tribos do sul e formaram o Reino Judá,
liderados por Reoboão, filho de Salomão (924 a.C.).
A
dominação estrangeira
O Reino de Israel,
desde o inicio viveu na idolatria; isto fez com que a ira de Deus se
manifestasse sobre ele permitindo que no ano 722 a.C., fosse conquistado por
Sargão II, da Assíria, e seu povo fosse levado para o cativeiro, sendo seu
território habitado por outros povos, ali colocado por ordem do rei da Assíria.
O castigo de Deus veio
sobre ela através do rei Nabucodonosor, da Babilônia, no ano 586 a.C. A cidade
santa, Jerusalém, foi destruída e o
Templo queimado e os nobres eram amarrados e levados para o cativeiro.
O cativeiro durou até
os dias de Ciro, rei da Pérsia que permitiu que o povo que estava escravizado
na Caldéia, regressar a Palestina e reerguer o Templo de Jerusalém (536 a.C.).
A seguir a Palestina foi invadida por Alexandre da Macedônia (322 a.C.). Depois
passou a seu protetorado egípcio (301 a.C.), Colônia Síria (198 a.C.), e
província romana (63 a.C.).
No ano 70 da era
cristã, após uma fracassada revolta contra a dominação romana, Jerusalém foi
conquistada por Tito e seus exércitos, ocorrendo uma segunda destruição do
Templo. Atualmente do templo de Jerusalém resta apenas um muro, conhecido como
o Muro das Lamentações.
Jerusalém-Muro das Lamentações
A
religião dos hebreus
Os hebreus foram um dos
primeiros povos a cultuar um único deus, isto é, eram monoteístas. No judaísmo,
religião professada pelos hebreus, o único deus é Javé, cuja imagem não pode
ser representada em pinturas ou estátuas.
O judaísmo é baseado
nos Dez Mandamentos supostamente revelados a Moisés no monte Sinai.
Os dois traços
característicos da religião dos hebreus são o monoteísmo e o salvacionismo isto
é a crença na vinda de um Messias ou Salvador para libertar o povo hebreu.
O Judaísmo constitui
uma das bases do cristianismo, com o qual o Islamismo formou tríade das
religiões universais.
Aspectos
culturais
Da cultura criada pelos
hebreus, a religião, é sem dúvida o legado mais importante. A escrita e
literatura, entre os hebreus, povo de língua semita, surgiu muito cedo através
de uma escrita própria. A arqueologia revelou a existência da escrita a partir
de meados do segundo milênios a. C., (época do Êxodo). Aos poucos, porém eles
foram substituindo, em sua escrita a sua língua original pelo aramaico, que era
a língua comercial e diplomática do Oriente, próximo na antiguidade. O alfabeto
hebraico atual é uma variedade do aramaico, que juntamente com a língua
aramaica tornou-se muito difundido, suplantando os outros alfabetos e línguas
semitas.
Nas artes o monoteísmo
hebraico influenciou todas as realizações culturais dos hebreus. Deve-se
destacar a arquitetura, especialmente a construção de Templos, muralhas e
fortificações. A maior realização arquitetônica foi o Templo de Jerusalém.
Nas ciências, não
apresentaram progresso notável. A importância cultural da sociedade hebraica
residiu principalmente na esfera religiosa e moral (na lei Mosaica), sua área
de influência atingiu o Ocidente e grande parte do oriente.
Fenícios
A civilização fenícia desenvolveu-se na Fenícia,
território do atual Líbano. Os fenícios eram povos de origem semita. Por volta
de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita faixa de terra com cerca de 35 km
de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com 200
km de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual Líbano e uma
pequena parte da Síria.
Por habitarem uma região montanhosa e com poucas
terras férteis, os fenícios dedicaram-se à pesca e ao comércio marítimo.
As cidades fenícias que mais de desenvolveram na
antiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon.
Características
da Fenícia
A Fenícia, terra de marinheiros e comerciantes.
A Fenícia, terra de marinheiros e comerciantes,
ocupava uma estreita área, com aproximadamente 40 km de largura, entre o mar
Mediterrâneo e as montanhas do Líbano. Atualmente essa região corresponde ao
Líbano e a parte da Síria.
O solo montanhoso da Fenícia não era favorável ao
desenvolvimento agrícola e pastoril. Vivendo como que espremido em seu
território. o povo fenício percebeu a necessidade de se lançar ao mar e
desenvolver o comércio pelas cidades do Mediterrâneo.
Entre os fatores que favoreceram o sucesso comercial
e marítimo da Fenícia, podemos destacar que a região:
Era muito encruzilhada de rotas comerciais, o
escoadouro natural das caravanas de comercio que vinham da Ásia em direção ao
Mediterrâneo;
Era rica em cedros, que forneciam a valiosa madeira
para a construção de navios;
Possuía bons portos naturais em suas principais
cidades (Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro);
Tinha praias repletas de um molusco (múrice), do
qual se extraía a púrpura, corante de cor vermelha utilizando para o tingimento
de tecidos, muito procurados entre as elites de diversas regiões da
Antiguidade.
As
cidades fenícias
A Fenícia era, na verdade, um conjunto de
Cidades-Estado, independentes entre si. Algumas adotavam a Monarquia
Hereditária; outras eram governadas por um Conselho de Anciãos. As cidades fenícias
disputavam entre si e com outros povos, o controle das principais rotas do
comércio marítimo.
Economia
A principal atividade econômica dos fenícios era o
comércio. Em razão dos negócios comerciais, os fenícios desenvolveram técnicas
de navegação marítima, tornando-se os maiores navegadores de Antiguidade. Desse
modo, comerciavam com grande número de povos e em vários lugares do
Mediterrâneo, guardando em segredo as rotas marítimas que descobriam.
Considerável parte dos produtos comercializados pelos fenícios provinha de suas
oficinas artesanais, que dedicavam à metalurgia (armas de bronze e de ferro,
jóias de ouro e de prata, estátuas religiosas). à fabricação de vidros
coloridos e à produção de tintura de tecidos (merecem destaque os tecidos de púrpura).
Por sua vez, importavam de várias regiões produtos como metais, essências
aromáticas, pedras preciosas, cavalos e cereais. Tiro era a principal cidade
que se dedicava ao comércio de escravos, adquirindo prisioneiros de guerra e
vendendo-os aos soberanos do Oriente próximo. Expandindo suas atividades
comerciais, os fenícios fundaram diversas colônias que, a princípio, serviam de
bases mercantis. Encontramos colônias fenícias em lugares como Chipre, Sicília,
Sardenha e sul da Espanha. No norte da África, os fenícios fundaram a
importante colônia de Cartago.
O
alfabeto, uma criação fenícia.
O que levou os fenícios a criarem o alfabeto foi
justamente a necessidade de controlar e facilitar o comércio. O alfabeto
fenício possuía 22 letras, apenas consoantes, e era, portanto, muito mais
simples do que a escrita cuneiforme e a hieroglífica. O alfabeto fenício serviu
de base para o alfabeto grego. Este deu origem ao alfabeto latino, que, por sua
vez, gerou o alfabeto atualmente utilizado no Brasil.
Os
fenícios e a religião
A religião dos fenícios era politeísta e
antropomórfica. Os fenícios conservaram os antigos deuses tradicionais dos
povos semitas: as divindades terrestres e celestes, comuns a todos os povos da
Ásia antiga. Assinale-se, como fato estranho, que não deram maior importância
às divindades do mar.
Cada cidade tinha seu deus, Baal (senhor), associado
muitas vezes a uma entidade feminina - Baalit. O Baal de Sidon era Eshmun (deus
da saúde). Biblos adorava Adônis (deus da vegetação), cujo culto se associava
ao de Ashtart (a Caldéia Ishtar; a grega Astartéia), deusa dos bens terrestres,
do amor e da primavera, da fecundidade e da alegria. Em Tiro rendia-se culto a
Melcart e Tanit.
Para aplacar a ira dos deuses sacrificavam-se
animais. E, às vezes, realizavam-se terríveis sacrifícios humanos.
Queimavam-se, inclusive, os próprios filhos. Em algumas ocasiões, 200
recém-nascidos foram lançados, ao mesmo tempo, ao fogo - enquanto as mães
assistiam impassíveis, ao sacrifício.
Civilização
Persa
Exército Persa
A civilização persa foi
uma das mais expressivas civilizações da Antiguidade. A Pérsia situava-se a
leste da Mesopotâmia, num extenso planalto onde hoje corresponde ao Irã,
localizado entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio. Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas
áreas férteis. Esta civilização estabeleceu-se no território por volta de 550
a.C.. Através de Ciro, que era um
príncipe persa, realizou a dominação do Reino da Média e, assim, deu início à
formação de um bem-sucedido reinado que durou cerca de vinte e cinco anos.
Nesse período, este talentoso imperador também conquistou o reino da Lídia, a
Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia.
O processo de expansão
iniciado por Ciro foi continuado pela ação do imperador Dario, que dominou as
planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse momento, dada as grandes proporções
assumidas pelo território persa, Dario viabilizou a ordenação de uma geniosa
reforma administrativa. Pelas mãos de Dario, os domínios persas foram divididos
em satrápias, subdivisões do território a serem administrados por um sátrapa.
Persas
O planalto do Irã,
região montanhosa e desértica, situada a leste do Crescente Fértil, entre a
Mesopotâmia e a Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas.
A princípio, os persas
eram dominados pelos medos. Essa situação se inverteria por volta de 550 a.C.
Nessa época, sob o comando de Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a
controlar a região.
Os persas conquistaram
ainda outros povos que viviam nas proximidades do planalto do Irã, impondo a
todos a mesma administração. Eles acabaram por construir um vasto império. Seu
território compreendia a Ásia Menor, a Mesopotâmia e uma parte da Ásia Central.
Esses domínios seriam
ainda ampliados nos governos posteriores a Ciro: Cambises conquistou o Egito em
525 a.C.; Dario I dominou a Ásia até o vale do rio Indo e também uma pequena
parte da Europa, onde se localizavam algumas colônias gregas.
Dario e depois seu
sucessor, Xerxes, tentaram conquistar ainda a região da atual Grécia, mas
fracassaram. Em 330 a.C., o Império Persa foi conquistado por Alexandre Magno,
da Macedônia.
A
formação do império persa
Ciro inaugurou o
chamado império persa. Com o aumento da população, houve a necessidade da
expansão geográfica.
Ciro, o Grande (560-530
a.C.), tornou-se rei dos medos e persas, após haver conquistado Ecbátana e
destronado Astíages (555 a.C.). Conquistou também a Babilônia (539 a.C.). O
império ia desde o Helesponto até as fronteiras da Índia.
Ciro não proibia as
crenças nativas dos povos conquistados. Concedia alguma autonomia para as
classes altas, que governavam as regiões dominadas pelos persas, mas exigia, em
troca, homens para seu exército, alimentos e metais preciosos. Ciro morreu em
529 a.C.
Cambise, filho e
sucessor de Ciro, iniciou uma difícil campanha militar contra o Egito, em 525
a.C., finalmente vencida pelos persas na batalha de Pelusa. Nessa época o
império persa abrangia o mar Cáspio, o mar Negro, o Cáucaso, grande parte do
Mediterrâneo oriental, os desertos da África e da Arábia, o golfo Pérsico e a
Índia. Cambise pretendia estender seus domínios até Cartago, mas não conseguiu
levar esse plano adiante por causa de violenta luta interna pelo poder.
A luta pelo poder
prosseguiu após a morte de Cambise. Dario, parente distante de Cambise,
aliou-se a fortes setores da nobreza, tomou o trono e iniciou uma nova era na
história da Pérsia.
A
organização do império
Os povos dominados
pelos persas podiam conservar seus costumes, suas leis, sua religião e sua
língua. Eram obrigados, porém, a pagar tributos e a servir o exército persa.
Dario procurou
organizar o império dividindo-o em províncias e nomeando pessoas de sua
confiança para governá-las. Para facilitar a comunicação entre as províncias,
foram construídas diversas estradas, entre elas a Estrada Real. Com mais de 2
mil quilômetros de extensão, essa estrada ligava as cidades de Susa e Sardes.
Por ela passavam os correios reais, o exército e as caravanas de mercados.
A riqueza para
sustentar esse enorme império era fornecida por camponeses livres, que viviam
em comunidades e pagavam impostos ao imperador. Havia também o trabalho
escravo, mas a maioria dos trabalhadores não pertencia a essa categoria.
Cultura
e religião persas
Na arte, os persas
receberam grande influência dos egípcios e dos mesopotâmicos. Fizeram
construções em plataformas e terraços, nas quais utilizaram tijolos esmaltados
em cores vivas.
No plano religioso,
distinguiram-se por uma religião que ainda hoje é praticada em algumas partes
do mundo: o zoroastrismo. Seu fundador, Zoroastro (daí o nome da religião),
viveu entre 628 e 551 a.C.
De acordo com os
princípios básicos do zoroastrismo, existem duas forças em constante luta: o
bem e o mal. O deus do bem é Ormuz, que não é representado por imagens e tem
como símbolo o fogo; o deus do mal é Arimã, representado por uma serpente.
Segundo o zoroastrismo,
o dever das pessoas é praticar o bem e a justiça, para que, no dia do Juízo
Final, Ormuz seja vitorioso e, assim o bem prevaleça sobre o mal. Além disso,
aos bons estava reservada a vida eterna no paraíso.
Muitos dos valores do
zoroastrismo acabaram sendo adotados por outras religiões. No cristianismo, por
exemplo, encontram-se presentes as ideias de Juízo Final e paraíso e a
dicotomia entre bem e mal.
Essa religião
baseava-se na sinceridade entre as pessoas
e foi transcrita no livro sagrado Avesta. O imperador era quase um deus,
pois, segundo a crença , governava por ordem de deus.
A
decadência do império
A tomada do estreito de
Bósforo e Dardanelos no mar Negro pelas forças persas prejudicou o intenso
comércio grego na região. O clima de tensão entre várias cidades gregas e o
império persa transformou-se em longa guerra. Em 490 a.C., Dario tentou invadir
a Grécia, mas foi derrotado pelos gregos na batalha de Maratona. Dario morreu e
o poder passou as mãos de seu filho Xerxes, que continuou a luta contra a
Grécia, sendo derrotado em 480 e 479 a.C. nas batalhas de Salamina e Platéia.
Após sucessivas
derrotas, os persas foram obrigados a se retirar e reconhecer a hegemonia grega
no mar Egeu e na Ásia Menor (Lídia). Com o enfraquecimento do império, várias
satrapias se revoltaram contra o domínio persa. Internamente a luta pelo poder
tornou-se mais e mais violenta. Entretanto, durante a Guerra do Peloponeso
(entre Atenas e Esparta) os persas tomaram novamente a Ásia Menor.
Com o assassinato de
Dario III, um dos últimos sucessores do império, Alexandre Magno dominou toda a
Pérsia e suas satrapias e anexou-as ao império greco-macedônico.
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