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domingo, 7 de abril de 2013

A Pré-História do Mato Grosso do Sul.


A Pré-História Do Mato Grosso do Sul
Ao que tudo indica, as primeiras ocupações humanas do Centro-Oeste estão vinculadas à presença de grupos caçadores-coletores que se estabeleceram na região entre o final do Pleistoceno e o início do Holoceno, entre 12.000 e 10.000 AP . Existem, todavia, datas mais antiga, mas que, em sua quase totalidade, ainda devem ser vistas com cautela. Este é o caso, apenas para exemplificar, das datas mais antigas dos sítios Abrigo do Sol (19.400 ± 1.100 AP e 14.470 ± 140 AP) e Santa Elena (23.320 ± 1.000 AP e 22.500 ± 500 AP), ambos em Mato Grosso, respectivamente estudados por Miller (1983, 1987) e Vilhena-Vialou e Vialou (1994)). A bem da verdade, uma discussão detalhada sobre as origens do povoamento humano do Centro-Oeste também passa por incluir esta questão na pauta dos acirrados debates acerca do início do povoamento de outras regiões do Brasil e das Américas, o que definitivamente não é o propósito do presente artigo.
A maioria dos sítios de caçadores-coletores antigos, ao menos os até agora localizados, encontra-se em ambientes fechados: abrigos sob rocha em arenito e quartzito e grutas localizadas em maciços calcários com níveis que atingem até 3 m de profundidade e de 100 a 1.500 m2 de extensão (Schmitz et al. 1978-1980; Schmitz 1980). Ao que tudo indica, os caçadores-coletores estariam organizados em pequenos grupos, compostos provavelmente por algumas famílias, as quais tinham grande mobilidade espacial em um território imprecisamente demarcado (Schmitz 1984) .
No Centro-Oeste, à exceção do Pantanal e adjacências, a presença de grupos agricultores e ceramistas está caracterizada, até onde sabemos, por cinco tradições: Una Aratu, Uru, Tupi-guarani, Bororo e Inciso Ponteada. Outras tradições, porém, podem existir, mas não foram detectadas até o presente momento. Este pode ser o caso das regiões do planalto de Maracaju-Campo Grande, planalto da Bodoquena e bacia do Paraná, em Mato Grosso do Sul, onde as pesquisas em grande parte iniciaram-se nos anos 90 e, por conseguinte, muitas áreas ainda não foram extensiva e intensivamente prospectadas.
Embora seja bastante complexo relacionar manifestações artísticas a determinadas tecnologias líticas ou ceramistas, alguns autores apontam para a possibilidade de grupos caçadores-coletores terem produzido arte. Neste caso, estariam aproveitando os suportes rochosos de abrigos (Simonsen 1975; Schmitz 1984; Vilhena-Vialou e Vialou 1987; Schmitz et al. 1989; Wüst 1990).
Enfim, sobre a arte rupestre existente no Centro-Oeste, muito ainda está por ser feito paralelamente ao estudo dos grupos caçador-coletores, ceramistas e agricultores ceramistas que se estabeleceram na região.

A Pré-História do Brasil





A Pré-História do Brasil se refere a uma etapa da História do Brasil que se inicia com o primeiro povoamento do território atualmente compreendido pelas fronteiras do Estado Nacional brasileiro (iniciado, acredita-se hoje, há 60.000 anos), e termina no ano de 1500, canonicamente estabelecido como o “descobrimento do Brasil”.
A Pré-história tradicional geralmente se divide em: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico Mas, atualmente, a empregabilidade dessa periodização tem sido revista no mundo todo. No Brasil, alguns autores preferem trabalhar com as categorias geológicas de Pleistoceno e Holoceno. Nesse sentido, a periodização mais aceita se divide em: Pleistoceno(Caçadores e Coletores com pelo menos 12 mil anos) e Holoceno, sendo que este último pode ser denominado por Arcaico Antigo (12 mil a 9 mil anos atrás), Arcaico Médio (9 mil a 4500 anos atrás) e Arcaico Recente (a partir de 4 mil anos atrás), normalmente relacionado à agricultura e ao desenvolvimento da cerâmica.
O Estudo da história Brasileira antes de 1500 é feito, sobretudo, por meio da arqueologia, uma vez que os povos que ocuparam o território onde hoje se encontra o Estado Nacional brasileiro não possuíam, até onde sabemos escrita.
O primeiro estudioso a se indagar sobre o passado brasileiro foi o dinamarquês Peter Wilhelm Lund. Este naturalista foi responsável pelo estudo de várias reminiscências de plantas antigas nas grutas da região de Lagoa Santa (Minas Gerais), onde se fixou, entre 1834 e 1880.
Outro achado dentro do território nacional que gerou controvérsias entre os primeiros pesquisadores foram os sítios arqueológicos dos sambaquis, montes de conchas e outros resíduos acumulados por ação humana.
Os arqueólogos denominam por fase um complexo cultural onde os elementos são intimamente associados. Por tradição, os arqueólogos entendem as práticas e técnicas padrão dos antigos para a confecção, por exemplo, da indústria lítica e da pintura rupestre. Uma subtradição é uma divisão dentro da tradição, normalmente porque houve uma diferenciação do padrão original em dois ou mais padrões novos.
A idade paleolítica brasileira é normalmente colocada entre 12 mil e 4-2 mil anos, quando do surgimento e difusão da prática agricultora na região. Antes disso, os homens viviam de caça, pesca e coleta, fato comprovado por achados arqueológicos e representações em pinturas pré-cabralinas.
As pinturas rupestres da região nordestina têm se revelado profundamente instigantes. Na Toca do baixão da Perna 1, por exemplo, (na área arqueológica de São Raimundo Nonato)foram encontradas pinturas rupestres que datam de 10500 anos atrás.
As figuras mais abundantes representam figuras humanas, plantas e animais, mas também são encontrados grafismos puramente abstratos.

As datações mais antigas da região amazônica atribuem aos primeiros habitantes da região datas como 12500 a.C. É provável que o território já houvesse sido colonizado anteriormente, mas apenas o avanço da pesquisa na Amazônia poderá confirmar essa hipótese. Os arqueólogos identificam um desenvolvimento da técnica de lascar pedras, começando pelo lascamento por percussão e seguindo para o lascamento por pressão. As mudanças nas técnicas de lascamento são associadas a diferentes modalidades de caça, uma voltada para os animais de grande porte, e outra para os animais de pequeno porte.


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