Expansão
Marítima
No século XV, início da
Idade Moderna, a Europa via sua economia cada vez mais comprometida com a queda
de consumo dos bens produzidos na zona rural e agrícola. O mercado interno
europeu passava por sérias complicações. Para abastecer o consumo, muitas vezes
tinha que exportar produtos que vinham do Oriente, como especiarias, objetos
raros e pedras preciosas.
Entretanto, para
comprar este material os europeus tinham que negociar com os mercadores árabes,
pois a única rota para fazer essa transação vinha pelo Mar Mediterrâneo,
passando pelas cidades italianas de Gênova e Veneza. Muitos mercadores
envolvidos na exportação de produtos acabavam tornando-os mais caros, o que
acabou contribuindo para a crise econômica europeia.
Para evitar gastos com
impostos sobre mercadorias, os europeus procuraram rotas alternativas para
encontrar as Índias (de onde vinham os metais preciosos) e comprar os produtos
de forma direta. Assim, estariam livres dos altos impostos cobrados.
As Expansões
Marítimaseram caras e nenhum comerciante rico era capaz de se embrenhar pelos
mares sem recursos do rei. A figura do monarca era essencial para este
empreendimento, pois ele conseguia captar recursos públicos de toda a nação
para investir em embarcações mais resistentes. Foram criadas as primeiras
bússolas e astrolábios para que os embarcadores pudessem se orientar. Um
importante avanço foi o surgimento da primeira caravela, que tornava possível
longas viagens marítimas.
EXPANSÃO ULTRAMARINA
PORTUGUESA
A primeira nação
europeia a realizar uma expansão marítima foi Portugal, graças a sua
consolidação como Estado bem organizado militarmente e independência das demais
nações do continente. Com o poder centralizado nas mãos do rei Dom João I, os
portugueses começaram a enviar as primeiras embarcações marítimas, na busca dos
produtos das Índias. Nessas empreitadas, acabou descobrindo outros territórios
e novas possibilidades de atingir seus interesses.
Portugal foi o primeiro
país europeu a se aventurar pelos mares e vários foram os fatores que
contribuíram para esse fato:
·
Insuficiência portuguesa em metais
preciosos para a cunhagem da moeda
·
Falta de produtos agrícolas e de
mão-de-obra
·
Desejo de expandir a fé cristã
Outros fatores como:
posição geográfica favorável, conhecimentos náuticos, criação precoce de um
estado nacional, ajudaram Portugal a ser o primeiro país a se lançar nas
Grandes Navegações.
A conquista de Ceuta
foi o marco inicial da expansão ultramarina portuguesa.
A aventura portuguesa
recebeu o nome de “Périplo Africano”, pois alcançou as Índias contornando a África
no decorrer do século XV.
À medida que descobriam
novas regiões, criavam feitorias. Nelas, ficavam alguns homens encarregados de
negociar com os nativos do local. Os portugueses queriam adquirir somente
lucros.
Outro país que teve
acentuada importância na Expansão Marítima foi à Espanha que, junto com
Portugal, investiu na colonização dessas novas terras exploradas.
Dentre os principais
fatores ligados à Expansão Marítima está o descobrimento do Brasil e da
América, no final do século XV. Este novo continente foi crucial para que a
economia da Europa se estabilizasse novamente.
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