A vida e morte de Hugo Chavéz
Simon Bolívar,Hugo Chaves e um cidadão venezuelano.
Hugo Chávez nasceu em
Sabaneta, no estado venezuelano de Barinas. Era o segundo dos seis filhos de
Hugo de los Reyes Chávez e Elena Frías, ambos professores primários. Cresceu em
ambiente modesto. Ainda pequeno, seus pais o confiaram à sua avó paterna, Rosa
Inés Chávez.
Frequentou a escola
primária no Grupo Escolar Julián Pino, em Sabaneta. O ensino secundário foi
cursado no Liceu Daniel Florencio O’LEARY, na cidade de Barinas.
Aos 17 anos, Hugo
Chávez ingressou na Academia Militar da Venezuela, graduando-se, no ano de
1975, em Ciências e Artes Militares, ramo de Engenharia. Prosseguiu na carreira
militar, atingindo o posto de tenente-coronel.
Chávez casou-se duas
vezes: a primeira com Nancy Colmenares, com quem teve três filhos (Rosa
Virginia, María Gabriela e Hugo Rafael), e a segunda com a jornalista Marisabel
Rodríguez, de quem se separou em 2003 e com quem teve uma filha, Rosinés. Além
disso, enquanto era casado com a sua primeira esposa, Chávez manteve uma
relação amorosa durante cerca de dez anos, com a historiadora Herma Marksman.
Atividade política
No dia 4 de fevereiro
de 1992, o então tenente-coronel Hugo Chávez, comandando cerca de 300 efetivos,
protagonizou um golpe de Estado contra o presidente Carlos Andrés Pérez, da
Acción Democrática (1974-1979 e 1989-1993)
Os partidários de
Chávez justificaram essa ruptura constitucional como uma reação à crise
econômica venezuelana, marcada por inflação e desemprego decorrentes de medidas
econômicas adotadas por Pérez, logo após a sua posse, em face da grave situação
econômica por que passava o país.
De fato, violentas
manifestações populares vinham ocorrendo ao longo dos anos anteriores. A maior
delas fora o chamado "Caracazo", uma revolta espontânea motivada pelo
aumento do preço das passagens de ônibus ocorrido em 27 de fevereiro de 1989,
em Caracas. Durante o "Caracazo", ônibus eram apedrejados e queimados
em todo o país, e lojas, supermercados, shopping centers, pequenos comércios,
nada escaparia aos saques de uma turbulência em que já não se podia discernir o
que eram trabalhadores em protesto ou simples miseráveis famintos. Gangues urbanas
se juntaram à confusão para promover vandalismo, roubos e invasões de
estabelecimentos.
Embora fracassada, a
tentativa de golpe em 1992 serviu para catapultar Hugo Chávez no cenário nacional.
Depois de cumprir dois anos de prisão, Chávez foi anistiado pelo novo
presidente, Rafael Caldera Rodríguez, e abandonou a vida militar, passando a se
dedicar à política. O agravamento da crise social e o crescente descrédito nas
instituições políticas tradicionais o favoreceram.
Hugo Chávez num
encontro de acadêmicos de esquerda em Buenos Aires, em 1995.
Presidente da Venezuela
Primeiro mandato
presidencial (1999-2001)
Em 1997, Chávez fundou
o Movimiento
V República (MVR) e, nas eleições presidenciais de 6 de dezembro de
1998, apoiado por uma coligação de esquerda e centro-esquerda - o Polo
Patriótico - organizada em torno do MVR, Chávez elegeu-se com 56% dos votos.
Logotipo do Movimento
Quinta República, pintado numa casa de Barcelona.
Assumiu a presidência
da Venezuela em 1999, para um mandato inicialmente fixado em cinco anos, pondo
fim a quatro décadas de domínio dos chamados partidos tradicionais - a Acción
Democrática (AD) e o Comité de Organización Política Electoral Independiente
(COPEI). Ao tomar posse, em 2 de fevereiro de 1999, decretou a
realização de um referendo sobre a convocação de uma nova Assembleia Constituinte.
Em 25 de abril do mesmo ano, atendendo ao plebiscito, 70% dos venezuelanos
manifestam-se favoráveis à instalação da Constituinte.
Nas eleições para a
Constituinte, realizadas em julho de 1999, os apoiadores de Chávez - a Coligação
Pólo Patriótico - conquistam 120 dos 131 lugares. Do ponto de vista da
estrutura de poder político, a Constituição da Quinta República da Venezuela
(mais tarde denominada República Bolivariana de Venezuela) outorgou maiores
poderes ao presidente, ampliando as prerrogativas do executivo, em detrimento
dos demais poderes. O parlamento tornou-se unicameral, com a extinção do
Senado. Houve também aumento do espaço de intervenção do Estado na economia e
avanços no tocante ao reconhecimento de direitos culturais e linguísticos das
comunidades indígenas.
Reeleição em 2000
Em razão da nova ordem
constitucional, foram realizadas novas eleições presidenciais e legislativas em
30 de julho de 2000, nas quais Chávez reelegeu-se presidente da República e o
Polo Patriótico conquistou a maioria dos assentos na Assembleia Nacional. Em novembro
de 2000, o parlamento da Venezuela aprovara a chamada “Lei Habilitante”, que
concedia poderes extraordinários ao presidente, permitindo que o Executivo
legislasse acerca de determinadas matérias, através de decretos com força de
lei, submetendo-os posteriormente à aprovação do Legislativo. Dentre esses,
incluíam-se os decretos- Leis de Terras, acerca da reforma agrária;
a nova Lei de Hidrocarbonetos, sobre o controle público do setor petrolífero
e a Lei
de Pesca. A lei habilitante foi muito criticada pela oposição, alegando-se
que concedia poderes ditatoriais ao presidente da república.
Segundo
mandato presidencial (2001-2007)
Hugo Chávez no Fórum
Social Mundial de 2003.
Nos doze meses de
vigência da lei habilitante, Chávez promulgou um total de 49 decretos-leis, mas
a oposição - representada principalmente pela entidade patronal mais importante
do país, a Federación de Cámaras y Asociaciones de Comercio y Producción de
Venezuela (Fedecámaras) e pela Confederación de Trabajadores de Venezuela (CTV)
- combateu principalmente os três já citados e, em protesto, foi feita uma
primeira greve geral, de 12 horas, convocada justamente pela Fedecámaras e pela
CTV, em 10 de dezembro de 2001 Todavia os decretos com força de lei foram
mantidos e acabaram sendo o estopim da contestação que mobilizou também a ala
conservadora da Igreja Católica e as empresas privadas de rádio e televisão,
que, inconformadas com o cancelamento de algumas concessões de funcionamento,
acusaram o presidente de querer tornar a Venezuela um país comunista.
No final de fevereiro
de 2002, Chávez decidiu demitir os gestores da companhia estatal Petróleos da
Venezuela (PDVSA) e substituí-los por pessoas da sua confiança. Em protesto, e
para tentar forçar a saída do presidente, seus opositores se apoderaram do
controle dos poços de petróleo. A PDVSA controla 95% da produção venezuelana,
operando 14.800 poços de petróleo. Metade deles foi paralisada devido à greve dos
trabalhadores da empresa. O descontentamento com a liderança de Chávez começa a
atingir alguns sectores do exército e antigos apoiantes o abandonam, como Luis
Miquilena um dos fundadores do partido. A CTV decide convocar uma nova greve,
em solidariedade com os gestores demitidos da PDVSA. A greve foi convocada para
o dia 9 de abril de 2002 e deveria ter a duração de dois dias, mas acabou por
se prolongar.
O Golpe de 2002
No dia 11 de abril,
manifestantes em passeata pedem a demissão de Chávez. Durante o curso do evento,
a marcha teve seu trajeto alterado por seus organizadores, dirigindo-se para o
Palácio de Miraflores, onde se encontrava uma contramanifestação de apoio ao
presidente. Ali, houve o disparo de tiros, e quinze pessoas foram mortas e cem
outras foram feridas, como resultado do tumulto que se seguiu. A princípio não
ficou clara responsabilidade pelos disparos feitos contra a multidão, e
circularam diferentes versões sobre os fatos. Chávez interrompe as transmissões
das televisões privadas, Ainda em 11 de abril, o canal estatal Venezolana
de Televisión (VTV), é obrigado a parar de transmitir. Militares de
altas patentes pedem a demissão de Chávez.
Hugo Chávez durante a
"Operação Emmanuel", para resgate de reféns das FARC (2009).
Chávez em comício com
seguidores, anterior ao referendo de 2004.
No dia 12 de abril o
general Lucas Rincón, chefe das Forças Armadas, anuncia que Chávez havia
renunciado, tendo o presidente da Fedecámaras, Pedro Carmona, assumido a
presidência da República. Na meia noite de sábado para domingo Hugo Chávez
conseguiu enviar uma mensagem dizendo: "No he renunciado al poder
legítimo que el pueblo me dio. Por siempre Hugo Chávez".
Carmona dissolveu a
Assembleia e os poderes judiciais, atribuindo a si próprio poderes
extraordinários e declarando publicamente que no prazo de um ano se celebrariam
novas eleições presidenciais e legislativas. Os eventos geraram um grande
levante popular nas ruas de Caracas protagonizado por apoiantes do presidente
deposto.
Soldados leais a Chávez
organizaram um contra golpe de Estado e retomaram o Palácio de Miraflores.
Diosdado Cabello, vice-presidente de Chávez - que tinha permanecido fiel ao
regime - assumiu a liderança temporária do país e declarou que: "a ordem
Constitucional estava plenamente restabelecida e que as autoridades legítimas
exerciam suas funções".
Nas horas seguintes
Chávez foi libertado da prisão na ilha de La Orchila e regressa a Caracas para
retomar a chefia do estado.
Logo após a
neutralização do golpe de estado contra Chávez, a imprensa venezuelana
mostrou-se dividida quanto à sua interpretação e às suas consequências.
Segundo membros do
governo de Chávez, os Estados Unidos apoiaram o golpe de estado e, nos dias do
golpe, os radares do país detectaram a presença de navios e aviões militares
americanos em território venezuelano. Nos meses e principalmente nas semanas
anteriores ao golpe, membros do governo Bush haviam mantido frequentes contatos
com líderes golpistas. Todavia o governo americano negou, por diversas vezes,
que estivesse patrocinando, ou sequer apoiando, qualquer solução não
democrática para a Venezuela: Os Estados Unidos não sabiam que haveria essa
tentativa de derrubar ou de tirar de Hugo Chávez do poder, declarou um alto
oficial do governo americano .
Em 4 de junho de 2002 a
Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos aprovou uma Declaração
Sobre a Democracia Na Venezuela, condenando o golpe de 11 de abril.
Em outubro de 2002 uma
nova greve paralisou o país durante 9 semanas.
A Coordinadora Democrática
(uma coligação de partidos de direita e de esquerda, liderados pela Súmate, ONG
contra o governo chavista), organizou no final de novembro de 2003 uma recolha
de assinaturas cujo propósito era convocar uma consulta popular na qual os
venezuelanos se pronunciariam sobre a permanência ou não de Hugo Chávez no
poder.
O referendo teve lugar
no dia 15 de Agosto de 2004; 58,25% dos votantes apoiaram a permanência de
Chávez na presidência até ao fim do mandato, que ocorreria nos próximos dois
anos e meio.
A oposição alegou que
tinha sido cometida fraude, mas os observadores internacionais presentes
durante o processo (entre os quais se encontravam o antigo primeiro-ministro
português António Guterres e Jimmy Carter) consideraram que o referendo ocorreu
dentro da normalidade e legalidade. A vitória de Chávez foi reconhecida como
legítima, com algum atraso, pelos Estados Unidos.
O Conselho Permanente
da Organização dos Estados Americanos aprovou, em 16 de dezembro de 2002, a
Resolução CP/RES. 833 (1349/02), na qual demonstrou preocupação com certas
ações da Coordinadora Democrática - inconformada com sua derrota no plebiscito
- e a exortou a encontrar uma solução democrática para suas pretensões.
Terceiro
mandato presidencial (2007-2013)
Nas eleições
presidenciais da Venezuela de 2006, que contaram com a participação de 74% dos
eleitores, Hugo Chávez foi reeleito com 62.9% dos votos, ficando bem à frente
do segundo colocado, Manuel Rosales, que obteve 36.9% e admitiu a derrota.
A eleição foi
considerada livre e legítima pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e
pelo Carter Center. Depois dessa
vitória, Chávez prometeu expandir a revolução. Pouco depois, anunciou que iria
unir os 23 integrantes de sua coalizão em um único partido, o "Partido
Socialista Unido da Venezuela", sob seu controle direto, para acelerar a
revolução socialista.
Em 2 de dezembro de
2007 a reforma da constituição da Venezuela, proposta por Chávez, foi submetida
ao veredicto popular, num plebiscito, que foi acompanhado por observadores de
39 países. O povo teve a opção de aprová-la, votando "Sí", ou de
rejeitá-la, votando "No". Após uma agitada campanha, em que cada lado
defendeu seus pontos de vista, o povo venezuelano rejeitou as propostas de
emendas à constituição da Venezuela, por pouco mais de 50% dos votos, o que
confirmou as previsões das últimas pesquisas de opinião feitas por órgãos
independentes. O comparecimento às urnas foi de 55,1% (abstenção de 44,9%). O
presidente Hugo Chávez reconheceu a vitória de seus opositores e os parabenizou
publicamente:
"Parabenizo os
meus adversários por esta vitória. Com o coração digo a vocês que por horas
estive em um dilema. Saí do dilema e já estou tranquilo, espero que os
venezuelanos também".
"Deste momento em
diante, vamos manter a calma" (…) "Não há ditadura aqui (…)”.
A Assembleia Nacional
venezuelana propôs, formalmente, em 9 de dezembro de 2008 a realização de uma
emenda à Constituição Nacional para permitir a reeleição presidencial sem
limitação do número de períodos, tal como Chávez tinha pedido. A formalização
da proposta foi transmitida em simultâneo e obrigatoriamente pelas rádios e
televisões do país.
A Fedecámaras condenou
aqueles que estavam propalando boatos de que Hugo Chávez tentaria impor ao país
as reformas, derrotadas no plebiscito: "Si alguien dijo que hay que oír al
pueblo fue el presidente y sabemos que el honrará sus palabras"
Em 6 de janeiro de
2009, por ordem do presidente, a Venezuela expulsou o embaixador e delegação de
Israel, em represália ao ataque israelense à Faixa de Gaza.
Economia
da Venezuela no governo Chávez
Em 2007, a Venezuela teve
a maior inflação da América.
Tradicionalmente -
desde 1930, quando a Venezuela, ao invés de desvalorizar a moeda para proteger
sua agricultura, optou por importar tudo o que consome, usando para isso suas
receitas do petróleo - o país produz muito poucos alimentos.
Em 2009, o país entrou
numa profunda crise. O presidente chegou a propor que os venezuelanos tomassem
menos banho para economizar água e energia. Não obstante, procedeu à
nacionalização de todos os bancos que se recusassem a oferecer mais crédito aos
correntistas.
O petróleo é a maior
riqueza da Venezuela, e responde por 90% de suas exportações, 50% de sua
arrecadação federal em impostos, e 30% do seu PIB. Os maiores importadores de
petróleo venezuelano foram, em 2006, Bermuda 49.5% (paraíso fiscal, presumíveis
reexportações.), Estados Unidos 23.6%, e Antilhas Holandesas 6,9% (paraíso
fiscal, presumíveis reexportações.).
Apesar das riquezas
geradas pelo petróleo, 37,9% da população venezuelana viviam abaixo da linha de
pobreza no final de 2005, enquanto que a concentração de renda (medida pelo
coeficiente de Gini) era muito alta: em 2003, o índice de Gini da Venezuela foi
estimado pela ONU em 48,2, um dos trinta piores resultados no planeta. Países
que possuem produção petrolífera muito acima de seu consumo e baseiam sua
economia nisso, costumam experimentar a doença holandesa — têm sua riqueza
extremamente mal distribuída, geralmente concentrada nas mãos de uma pequena
elite, e tendem a não desenvolver outros potenciais econômicos.
Análise da distribuição
de renda 2003 — 2005
De acordo com o estudo
Perfil sócio demográfico apresentado pelo Instituto Datos, numa conferência
realizada na Câmara de Comércio Venezuela-Estados Unidos, o grupo
"E", que corresponde a 15,1 milhões de venezuelanos da população mais
pobre, com renda de até US$ 200 por domicílio, teve sua renda aumentada em 53%
entre 2003 e 2004 (33% descontada a inflação).
Segundo o mesmo
instituto, em 2005 a renda do estrato "E" da população venezuelana
(58% da população da Venezuela) continuou aumentando mais rapidamente que a dos
estratos de renda mais alta. A renda da classe "E cresceu mais 32% em
termos nominais (cerca de 16% em termos reais) de 2004 para 2005, enquanto que
a da classe "D" cresceu 8%, e a da classe "C" cresceu 15%.
Entretanto, o segmento
"D" (23% da população venezuelana) viu seu padrão de vida declinar
entre 2003 e 2005, não tendo sua renda conseguido sequer acompanhar a inflação.
O grupo "D" é composto pelos assalariados dos menores salários, um
grupo que, por um lado, não é pobre o bastante para ser incluído nos programas
sociais do governo e, por outro lado, não teve força suficiente para
reivindicar melhores salários de seus empregadores. O segmento "C"
(15% da população), que representa a classe média baixa, mal conseguiu manter
seu poder aquisitivo no período.
Redução da pobreza
Os resultados obtidos
na redução da pobreza foram um dos principais fatores de popularidade do
governo Chávez. Segundo a CEPAL, por volta de 2002, 48,6% da população
venezuelana encontrava-se em situação de pobreza, e 22,2% em condições de
indigência. Em 2011, os pobres representavam 29,5% da população, e os
indigentes, 11,7%.Entre os anos 2000 e 2011, o Índice de Desenvolvimento
Humano, que contempla expectativa de vida ao nascer, educação e PIB per capita
) do país passou de 0,656 para 0,735.
Apesar da redução da
pobreza, os índices de violência são elevados na Venezuela. No final de 2012, o
Observatorio
Venezolano de Violencia informou que 21.692 pessoas tiveram morte
violenta (73 mortes para cada 100.000 habitantes).
Política externa
Luis Inácio Lula da
Silva, Hugo Chávez e Néstor Carlos Kirchner.
Chávez buscou alianças
com governos de esquerda da América Latina, culminando na formação da ALBA.
Entre seus principais apoiadores na região, encontram-se os presidentes da
Bolívia e do Equador, Evo Morales e Rafael Correa. Chávez também defendeu
numerosas vezes o governo do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, além de
ter se aproximado da Rússia e Bielorrússia.
O presidente russo
Vladimir Putin era um dos poucos líderes europeus a apoiar Chávez.
A política externa do
governo Chávez antagonizou o governo colombiano, na figura do presidente Álvaro
Uribe Vélez, a ponto de gerar uma crise diplomática em 2008.
Chávez também se opôs
decididamente às ações militares de Israel, contra a Faixa de Gaza, e dos
Estados Unidos, no Oriente Médio.
Morte
Em 5 de março de 2013,
o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a morte de Hugo Chávez,
aos 58 anos, em Caracas, às 16h25m locais; em decorrência de um câncer na
região pélvica e de uma infeção respiratória aguda. Algumas agências
noticiosas, no entanto, especulam que o anúncio teria sido feito horas depois
do falecimento de Chávez, que teria ocorrido em Havana, tendo o corpo sido
transportado para Caracas em seguida. Por algum tempo, circulou a notícia de
que o corpo de Chávez seria embalsamado, mas foi decidido posteriormente que
tal procedimento não ocorreria, já que para isso o corpo teria de ser enviado à
Rússia e permanecer por lá de 7 a 8 meses.
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