Crise de 1929
(Grande Depressão)
Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o
país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram
os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão...
Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana
continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que
surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O
mundo invejava o estilo de vida dos americanos.
A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos
20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo,
clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.
Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa
época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse
crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e
aparente, portanto logo se desfez.
De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa
prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no
dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do
capitalismo.
Vários fatores causaram essa crise:
- Superprodução agrícola: formou-se um excedente de
produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava
comprador, interna ou externamente.
- Diminuição do consumo: a indústria americana
cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse
crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em
pouco tempo, várias delas faliram.
- Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria
e ninguém se metia.
- Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os
americanos compraram ações de diversas empresas. De repente os valores das
ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém
queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra”
(24/10/1929 - dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).
Se o valor das ações de uma empresa está desabando,
o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos,
produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados,
o que levará o empresário a demitir o pessoal.
Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram
à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de
volta o empréstimo e faliram também.
A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e
falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais
nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.
A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a
economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma
ideia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e
Tóquio também quebraram.
A crise fez com que os EUA importassem menos de
outros países, como consequência os outros países que exportavam para os EUA,
agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na
crise.
Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi
eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou
a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos
arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.
Outra medida foi a criação de um programa de obras
públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas,
praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações
populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias.
O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que
protegiam os trabalhadores e os desempregados.
Para acabar com a superprodução, o governo aplicava
medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava
estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não
produzissem.
O New Deal alcançou bons resultados para a economia
norte-americana.
Essa terrível crise que atravessou a década ficou
conhecida como Grande Depressão.
Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram
superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta
de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então,
uma saída natural para a crise do sistema capitalista.
Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de
Agressão e Apaziguamento das Democracias Liberais”.
A política de agressão culminou em 1939 quando a
Alemanha nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a Segunda Grande Guerra.
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